sábado, 16 de outubro de 2010

Sou lésbica e daí

Falar sobre homossexualismo não é facil, e nem tão pouco difícil. Depende só do modo de abordar esse tema tão polêmico e ao mesmo tempo tão em evidência hoje em dia.
O homessexualismo masculino ou feminino para muitos é uma aberração ou final dos tempos, para mim é simplesmente uma opção sexual.
Eu vejo o homossexualismo com os olhos do amor e não do preconceito. E quando é o amor que comanda, nada é feio, nada é pecado, nada é diferente ou inaceitável.
O amor é capaz de transformar tudo e todas as coisas quando existe com sua força e poder.
Amar o mesmo sexo não é nada demais, se olharmos o amor familiar.

Eu amo meus irmãos, meus filhos, meu pai, meus tios, meus avós e todos são homens.
E com esse mesmo contexto voltado para o sexo feminino.
Quando o amor homossexual é sexual, tem o prazer e o gozo como objetivos maior, tende a assustar as pessoas que não compreendem que amar vale a pena, seja de que forma for.
Vivemos num mundo onde a solidão é presente apesar de todas as formas modernas de comunicação.
A solidão sim, tem o poder de mudar, de modificar, de transformar todos os valores por mas fortes e tradicionais que sejam para se viver um momento de carinho e de ternura.
Vai parecer machismo, mas não é.

A liberdade feminina, trouxe muitas vantagens em quase todos os campos, mostrou e comprovou que a mulher é tão competente e na minha opinião até mais que o homem em qualquer campo da atividade humana.
Contudo, no meu entender e modo de ver, no campo do sentimento, do relacionamento a dois, na sexualidade o que parecia ser uma vantagem se tornou uma deficiência.
O direito merecido de também ser caçadora em vez de caça, deu o direito da mulher escolher o seu amor, o seu amante, o seu parceiro, ou seus parceiros, viver a sua vida intima da forma que melhor achar.
O encantamento da conquista, a surpresa do jogo da sedução, do descobrimento do outro, deu lugar a um envolvimento imediato, onde as pessoas se encontram pela primeira vez e num piscar de olhos já estão na cama, sem ter o menor conhecimento do outro.
É um ato sexual animal, onde o instinto, onde a carne no sentido do desejo é quem comanda tudo. Ai o momento vivido é rapido, simples e principalmente sem conteudo nenhum. Não agrega nada eu ter todo dia uma mulher diferente ou um homem diferente.
Para o amor o que agrega, o que encanta e fortalece é a cumplicidade, é o compromentimento, o compartilhamento de duas pessoas que por mais diferentes que possam ser, se tornam uma só.
O amor, o carinho, o sexo rapido e sem nenhum tipo de compromisso é apenas um ato de nada. Os amantes temporais, no outro dia não se lembram nem do nome do parceiro eventual. Com a mesma velocidade que foram para a cama se afastam e não deixam nada para lembrar, nada que possa trazer ou proporcionar saudade.
A rapidez com que as mulheres meninas hoje começam a suas atividades sexuais são prematuras e absurdas, porque não representa o descobrimento do prazer em sua essencia de querer agradar ao outro. De querer se dar ao outro. De querer ser feliz se completar se tornar amada e querida.
A iniciação sexual na grande maioria das vezes é baseada numa bricadeira ou num desafio de alguem mais velho ou velha, ou da mesma idade que já se tornou mulher e fica fazendo a cabeça da colega.
Muitas vezes sem nenhum conhecimento dos riscos de fazer amor muito cedo, das DST que existem e principalmente sem ter a sensibilidade e o conhecimento do proprio corpo.
O que isso acarreta é um grande contingente de mulheres que fazem amor simplesmente por fazer, ou porque a colega ou colegas do grupo dizem que é bom. Muitas delas e aqui no blog já tive oportunidade de conhecer várias, nunca chegaram ou souberam ou sabem o que é um orgasmo.
A iniciação na terna idade das meninas, traz um problema maior no contexto da sexualdade feminina, porque os homens, principalmente aqueles que são mais machos do que homens de razão, procuram sempre as mais novas, aquela que tem a bundinha empinada, o peitinho duro, e outros valores que em momento alguum são sinônimo de felicidade ou de prazer.
Como consequência, as mulheres mais maduras, perdem o poder e a força de se mostrar mulher, femea, amante no seu momento mais feminino, mais mulher, compartilhar de uma alcova, com um homem que possa dar o verdadeiro valor a uma mulher é muito diferente de ir para a cama com um desconhecido ou desconhecida.
A mulher precisa de homem que possa valorizá-la como um ser especial e magnifico, que possa abastecer de sentimentos, carinhos, ternura e muito respeito a fêmea contida em cada mulher, e sendo assim amando a mulher como ela merece e deve ser amada.
Para complicar ainda mais o contexto dessa guerra dos sexos, o homessexualismo masculino a cada dia vem se tornando maior, e a cada dia fica mais dificil encontrar um homem que realmente seja um homem.
Que goste e respeite o ser mulher. Que seja capaz de mandar flores, de abrir a porta do carro, de puxa a cadeira, e ser um cavalheiro mostrando a sua musa, sua fada, sua rainha o quanto ela é especial e o quanto a vida se torna mais vida, mais intensa mais completa quando se tem uma mulher. Quando se ama uma mulher. Quando se conhece uma mulher.
Poucos são os homens que tem a sensibilidade de descobrir e conseguir entrar no universo feminino. E não sabem e jamais saberam o que isso significa. Eu tenho o privilégio e a sorte de amar como uma mulher e ai posso sentir e dar tudo aquilo que gostaria de receber sem expectativas, sem obrigações só e simplesmente por puro prazer.
Por conta disso, cada vez se torna mais comum o lesbianismo, e as mulheres buscam de todas as formas uma alternativa de prazer, de amor, de companhia, de dar e receber aquilo que algum tempo era tão normal.
Os casais de lésbicas são hoje formados de forma concreta onde cada parceiro tem caracterizado e definido quem é quem. E nesse contexto sexual, o macho desse relacionamento usa instrumentos e aparelhos divesos para deixar sua mulher, sua parceira, sua amiga, sua femea feliz, saciada e satisfeita.
Não se pode ser contra o amor, não podemos nem devemos ser preconceituosos com o direito das pessoas terem suas opções de sexualidade seja elas quais forem proibidas ou censuradas.
Não podemos e jamais vamos conseguir que o amor seja impedido de existir, de surgir de aparecer seja como e de que forma for.
Em vez de criticar, em vez de julgar, pré julgar devemos aceitar com respeito e cordialidade o direito dos outros amar e serem amados.
Não posso e jamais vou permitir que o meu amor, o meu desejo a minha vontade de ser feliz seja deturpada ou impedida porque eu amo de forma diferente, porque eu quero um parceiro não aceito ou desejado por regras ou leis que não significam nada para o amor.
Vou levantar e defender sempre a bandeira do amar de todas as formas sem regras, sem medos sem preconceitos, tendo como objetivo maior o direito que todo ser humano tem de ser feliz.
Sou lésbica e daí....